terça-feira, 16 de fevereiro de 2010




ASPECTOS POLÉMICOS DA FILOSOFIA
ÉTICA DE KANT

Não permite resolver situações de conflito de valores.
Negligência a vertente afectiva do ser humano e sua influência na vida moral.
Esquece que a responsabilidade ética não se circunscreve à própria acção, mas abrange também as consequências que dela decorrem.


A ÉTICA UTILITARISTA
Teoria ética elaborada nos séculos XVIII e XIX por Bentham e Stuart Mill.


DEFINIÇÃO DE UTILITARISMO
O utilitarismo é uma doutrina baseada no princípio de que a nossa acção deve ter como fim último a maior felicidade para o maior número de pessoas.


ÉTICA DE STUART-MILL
BIOGRAFIA

Esta ética é conhecida como empirista, material, utilitarista e consequêncialista e teleológica.
Jonh Stuart Mill (1806-1873) nasceu em Londres.
Foi educado pelo seu pai James Mill que lhe impôs um rigoroso plano de estudo: aos três anos estudava grego e a partir dos sete matérias como latim, artimétrica, história e muitas outras.
Cedo se dedicou às ideias empiristas e em particular a filosofia de Hume e Jeremy Bentham.
Stuart Mill ficou conhecido não apenas: como um dos grandes divulgadores das ideias empiristas mas também com o criador de uma concepção moral – o utilitarismo
A ÉTICA UTILITARISTA
Exemplos do manual (p.110)
Porque não se deve beber e conduzir.
O embargo económico a um país que não respeita os direitos humanos.
O atentado contra Hitler.

CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA


A acção moral por respeito ao dever. A acção só é por dever, isto é a acção só é moral quando nela a intenção ou o motivo coincide com o dever. As consequências efeitos exteriores à minha acção nada me dizem acerca da intenção da acção. A acção moral está por isto centrada na intenção boa determinada pela racionalidade da nossa vontade.

CONCEPÇÃO ÉTICA


A acção por respeito ao dever – Moral
A acção conforme o dever (legal)
A acção não é moral é por isso ilegal

Acções legais ou conformes ao dever:

1 – Os imperativos hipotéticos representam uma acção possível, ou um meio através da qual se consiga atingir qualquer outra coisa que se quer. A acção só é boa se enquadrar a sua intenção dentro do possível e do real.

EUDEMONISMO – tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem.
HEDONISMO – tendência da filosofia moral segundo a qual o prazer entendido como bem estar é o sumo bem.


 Em ambos os casos as acções são ordenadas como meios úteis para se obter um fim se obedecermos a estes imperativos, não estamos a agir moralmente.

2 – Os imperativos categóricos representam uma acção necessária, sem relação com outro fim a não ser ela própria.

 Kant pensava que a moralidade se resume a um principio fundamental, do qual derivam todos os nossos deveres e obrigações. Sendo imperfeita a nossa vontade o imperativo ou principio que o deve determinar é categórico ou seja apresenta a forma de obrigação.
Kant chamou a este principio (Principio do Imperativo Categórico) e na Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785) exprimiu-o desta:

• Age unicamente de acordo com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal.

“Temos que agir como se fosse possível”




ÉTICA RACIONALISTA OU INTENCIONALISTA

As três formulações do imperativo categórico ou lei fundamentada da razão prática:
• 1º - Princípio da universalidade
• 2º - Princípio da finalidade
• 3º - Princípio da autonomia da vontade



SER/PESSOA
Distinção entre o conceito de ser em geral (seres da natureza) e o conceito de ser racional (pessoa).
Esta distinção resulta da verificação de que na natureza existem leis que regulam na generalidade todos os seres determinando-os e subjugando-os a uma ordem natural. De entre os seres referidos destacam-se os seres racionais, ou sejam aqueles que agem segundo:

 A representação das leis; princípios e a vontade que como vimos se define como a faculdade de recolher apenas aquilo que a razão reconhece como necessário ou bom, sem a intervenção de qualquer inclinação.
Vontade superior, boa vontade que age por respeito ao dever.




RAZÃO TEÓRICA/PRÁTICA

A forma de expressão da razão teórica - conhecimento científico – é a formulação ou enunciação de juízes.

A forma de expressão da razão prática – conhecimento moral – é a formulação ou enunciação de imperativos ou mandamentos, princípios objectivos.



TIPOS DE PRINCÍPIOS

Os princípios pelos quais orientamos a nossa acção são:

 Subjectivos, dependentes da experiência das inclinações e interesses do sujeito, designam-se como máximas.
 Objectivos, independentes da experiência, puros, a priori, universais e necessários e designam-se como:
• Mandamento ou Representação de um princípio objectivo, um princípio de obrigação para a vontade.

 Imperativo fórmula ou enunciação do mandamento.
Os imperativos são expressos pelo verbo dever.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Continuação da matéria anterior:

A ética de Kant é uma ética intencionalista.

LEI MORAL
Lei moral – lei comum a todos os sujeitos morais, que constituí o princípio do agir e o fim da acção.
Esta lei moral radica na boa vontade contra todo o interesse, ganho ou inclinação natural.
A boa vontade para Kant não é condicionada. Todas as acções que são assumidas pelo dever são boas acções. Esta boa vontade não é condicionada, logo não é interesseira (a boa vontade não se deixa influenciar).


ÉTICA RACIONALISTA OU INTENCIONALISTA
IMPERATIVOS


Acções imorais ou contrárias ao dever:
Toda a acção que tem como motivo ou intenção o interesse, inclinação particular, o roubo, a mentira, a morte ou que utilize a pessoa como instrumento a partir do qual se pode atingir um fim é uma acção amoral, pois estas acções são praticadas por puro egoísmo e não por respeito ao dever ou à lei moral a qual o ser humano é legislador e à qual se submete.


A NOSSA VONTADE AGE ATRAVÉS DE IMPERATIVOS QUE SÃO:
“Fórmulas que se exprimem a relação de leis objectivas do querer em geral com a imperfeição subjectiva da vontade deste ou daquele ser racional por exemplo da vontade humana.
Isto significa que a vontade humana deve ser boa, mas nem sempre o é na medida em que pode escolher seguir a sua máxima mesmo que esta não possa ser aceite por todos sem que se ponha em causa a si mesma ou entre em contradição consigo própria.
Quando nós deixamos que a nossa vontade seja contaminada pelo subjectivo então nós estamos a por a nossa própria razão à frente. A nossa inclinação natural é para a inércia. O que define o ser humano é a racionalidade. Muitas das vezes submetemos a nossa vontade à subjectividade.