domingo, 2 de maio de 2010

A ética utilitarista


- Utilitarismo da norma


Mill reformulou o utilitarismo radical nesses termos: na impossibilidade prática de se decidir sempre e em todas as circunstâncias com base num cálculo inserto e pouco fiável, deve recorre-se á norma para decidir o curso da acção a escolher.
O cálculo e a reflexão devem ficar sobretudo para as situações conflituantes em que se coloque a questão de não acatar a norma.
A norma é um principio a que se chega através da experiencia. É uma generalização em função de consequências vantajosas ocorridas anteriormente.
Se uma situação, for análoga á anterior tudo aconselha a que se continua a adoptar a norma.
A norma são princípios subordinados que permitem a aplicação do princípio geral, que, no caso do utilitarismo, é o princípio da utilidade.


-Utilitarismo contemporâneo Peter Singer
O que o utilitarismo contemporâneo tem em comum com o utilitarismo moderno é ser uma ética:



- Consequencialista
- Altruísta e centrada em prazeres ou preferências mais elevadas.
- Naturalista, acentuadamente naturalista, uma vez que defende tal como a teoria evolucionista que a natureza humana é fruto da evolução física e mental.
- Mas inovadoramente defende que os mais aptos entre os seres humanos, ou seja aqueles que sobreviveram, foram os que cooperaram (não os egoístas, os mais fortes ou os mais violentos) o que vem a mostrar-se benéfico para a sobrevivência humana na medida em que propiciou relações mutuamente vantajosas como provadas pela história social dos povos.


O que distingue o utilitarismo contemporâneo do modero:


- Substitui o conceito de felicidade pelo de preferência. Neste caso a acção é moral se as consequências satisfizerem as preferências de um maior número de pessoas.



Segundo Singer a hipótese da tese Darwinista da evolução da espécie permite:

- Rejeitar a origem divina das ordens morais.
- Compreender o surgimento (emergência) e importância da ética para as relações humanas.
- Embora reflicta sobre a regra da ética cristã “ não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti”, explica a mutualidade ou reciprocidade pela via evolucionista ou darwinista.
- Como temos capacidade de escolha cooperamos quando existe reciprocidade e deixamos de o fazer quando esta possibilidade de troca deixa de existir.
- A dimensão ontológica do ser é existir inevitavelmente.
- A dimensão ética do ser é pensar e agir no dever, ser e torná-lo possível, e o dever ser está ligado á reciprocidade entre os seres humanos e entre os seres humanos e os seres sencientes e aos seres vivos ou natureza.



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